A 'pharmacia' de outrora

A 'pharmacia' de outrora

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

VII - Noções elementares de Botânica

Do mesmo modo e maneira a parte superior de um vegetal também pode ser dividida em três partes:


  • Folhagem
  • flores e
  • frutos



- É a folha órgão característico dos vegetais e responsável por captar a luz, exercer a função respiratória e realizar a fotossíntese. 


Compõem-se a folha de 

  • Bainha
  • Pecíolo e
  • Limbo

A bainha constitui um elemento de ligação entre o caule e o pecíolo ou a folha propriamente dita.

O pecíolo é uma espécie de pedúnculo e o limbo constitui o corpo ou parte principal da folha.



- A flor constitui o órgão sexual das plantas - fanerogâmicas - e divide-se em cálice, sépalas, pétalas, estames e pistilo.

A disposição e a forma da folha é de grande importância para a identificação correta de cada espécie.




Os vegetais são classificados e separados em famílias conforme o aspecto ou tipo de flor que apresentam: assim verbenáceas, euforbiáceas, liláceas, etc 



O vegetal masculino produz um elemento chamado pólen o qual é conduzido pelo vento, pelos pássaros ou por algum outro animal (abelha) ao órgão feminino fecundando-o. No caso das angiospermas após a fecundação forma-se o fruto.


- O fruto é uma espécie de envólucro carnoso cuja função é proteger a (s) semente (s).





A semente é o órgão fecundado e maduro de um vegetal.

Suas partes constituitivas são:
  • Casca ou tegumento
  • Endosperma e
  • Embrião 




Em condições adequadas, estimuladas por agentes externos como o calor e a umidade, a semente tende a germinar e a dar origem a uma nova planta.





Segundo a forma da semente os vegetais são classificados em monocotiledôneos e dicotiledôneos. 




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

VI - Noções elementares de Botânica

Nos próximos capítulos buscaremos fornecer ao leitor diligente algumas noções elementares em matéria de botânica.

Evidentemente que você não precisa ser botânico para ser fitoterapeuta ou tirar proveito da fitoterapia.

Um conhecimento elementar em matéria de botânica no entanto será de grande utilidade.

Grosso modo todos os seres existentes podem ser enquadrados em três categorias gerais:

  • Minerais
  • Vegetais e 
  • Animais
Esta classificação - insuficiente alias - remonta ao pensador grego Aristóteles que floresceu no quarto século antes de Cristo.

O estudo dos minerais cabe a mineralogia, o dos animais a zoologia e o dos vegetais, ou seja, aquele que nos toca, a botânica.

Igualmente tríplice é a classificação dos vegetais -

  1. Ervas 
  2. Arbustos e 
  3. Árvores ou

  • Vegetação herbácea
  • Vegetação arbustiva e 
  • Vegetação arbórea





No grupo das ervas enquadramos toda vegetação rasteira até aquelas que chegam metro e meio e são isentas de caule lenhoso. Assim gramíneas e ciperáceas. (Tipo BAIXO)

Ex: Arruda, Beldroega, Catinga de Mulata, Erva tostão, Erva doce, Hortelã, Malva, Verônica, Zedoária, etc






No grupo dos arbustos enquadramos a vegetação que vai de metro e meio a três metros e é provida de caule lenhoso. Assim os tipos predominantes na caatinga e no cerrado. (Tipo MÉDIO)

Ex: Anil, Caferana, Douradinha, Erva Santa, Escumilha, Espinheira Santa, Hibisco, Incenso, Jaborandi, etc




No grupo das árvores enfim situamos os exemplares que excedem os três metros de altura. Assim os tipos predominantes na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica.

Ex: Baguaçu, Gameleira, Jatobá, Jequitiba, Juá, Massaranduba, Noni, Pau dalho, Pau ferro, Suinan, Velame, etc


É tríplice igualmente o aspecto ou forma de cada vegetal.

Apresentando cada um deles;


  1. Galhos
  2. Tronco e
  3. Raiz


  • Por raiz tomamos a parte do vegetal que encontra-se abaixo da superfície do solo ou como se diz comumente sob a terra.


Sua função é a um tempo dar sustentação ao vegetal e a outro absorver a água e os sais minerais necessários a subsistência do mesmo.




Subdivide-se ela em corpo e coifa, correspondendo a coifa a ponta ou cabeça da raiz.

Quanto ao meio as raízes podem ser:

- Terrestres



- Aéreas ou


- Aquáticas



Já quanto a forma podem ser:



- Axiais



- Fasciculadas ou





- Tuberosas





Ps - Não se deve confundir raiz tuberosa com Caule tuberoso ou o tubérculo propriamente dito (como o da batata) este por sinal é um caule subterrâneo, tal e qual o bulbo.

Por raízes tuberosas compreendemos as de constituição amilácea, feculenta ou mucilaginosa, tal e qual as da cenoura, do nabo, do ginseng, do rabanete, da mandioca, da beterraba, etc




  • Caule - É a parte que serve de eixo e dá sustentação a planta. Conhecido por haste quando vertical e por tronco quando lenhoso.
Quanto a seu tipo poderá ser horizontal no caso da maior parte das ervas




 ou vertical no caso dos arbustos e árvores.




A vegetação herbácea em geral é provida de caule mais ou menos mole ou flexível, frágil e estreito.

Já a vegetação arbórea é geralmente dotada de caule lenhoso ou seja consistente, destinado a sustentar a copa da árvore.

A parte interna do caule chamasse liber e a parte externa - uma espécie de membrana mais ou menos fina (ao menos em comparação com o liber) - chamasse casca.




  • As ramificações do caule recebem o nome de galhos.



Como veremos mais adiante os galhos sustentam as partes superiores dos vegetais i é as folhas, as flores e os frutos.






sábado, 26 de outubro de 2013

V - Considerações sociológicas sobre a matéria médica contemporânea e o declínio da fitoterapia





Era de se esperar que após ter conquistado sua independência política nosso pais optasse por isolar-se do velho mundo e dos países europeus.

Sucedeu-se no entanto exatamente o contrário pois enquanto Portugal dominara a colônia com mão de ferro, o régio monopólio determinava, quanto possível, uma situação de isolamento.

A qual com grande agravo era tolerada ou melhor suportada por seus habitantes.

Em tal situação era mais do que natural que cada qual buscasse remediar a situação valendo-se dos recursos disponíveis na terra e da tradição ancestral.

Em certo sentido a pressão exercida pela metrópole contribuiu para que nossos antepassados valorizassem 'suas coisas'.

A independência política no entanto determinou um paulatino arrefecimento desta tendência geral na medida em que propiciou a importação de manufaturas e produtos de origem européia ou como se dizia então civilizada.

Desde o princípio nossas elites perceberam a necessidade de fazerem-se distinguir-se da gente comum por meio de um aparato material importado e portanto de alto custo.

Assim enquanto as máquinas era trazidas da Inglaterra e da Alemanha, tecidos, perfumes e medicamentos eram mandados buscar na França. Em certo sentido a estrutura política do antigo regime empreendeu algum esforço no sentido de valorizar as coisas próprias do Brasil e por estabelecer um certo equilíbrio entre nossas raízes coloniais e ancestrais e a francofilia.

Tanto os manuais a exemplo do Chernoviz quanto os primeiros medicamentos aqui produzidos na segunda metade do século XIX ainda sabem a matéria médica nacional em termos tradicionais, mesmo quando levamos em consideração o grande número de vegetais 'importados'.

Após a implantação do novo regime todavia, sob os auspícios do cientificismo positivista, tudo quanto dissesse respeito a nossas raízes tradicionais: monarquia, catolicismo, colônia, indigenismo, etc passa a ser encarado cada vez mais como sinônimo de atraso em comparação com as luzes procedentes a Alemanha, Inglaterra, França e Estados Unidos da América do Norte.

Desde então as fórmulas e medicamentos de origem estrangeira - européia ou norte americana - vão sendo introduzidos numa escala cada vez maior e suplantando os produtos produzidos pela indústria nacional a partir de nossa própria matéria médica.

Destarte nossa Granado é obrigada a ceder diante da recém chegada Bayer e a fontoura a limitar suas aspirações diante da Merk. Pouco a pouco os grandes laboratórios internacionais - paladinos da indústria sintética de medicamentos - vão estendendo seus tentáculos e conquistando o mercado nacional de carater urbano.

Mesmo quando sabemos que o emprego de seus produtos saia mais caro do que o emprego dos produtos generosamente oferecidos por nossa boa mãe terra... ou pelos similares produzidos por nossas 'pharmácias' como a de Peckolt ou a Veado de ouro.

Quem no entanto deixaria de recorrer a magnésia se Phillips para fazer uso da cascara sagrada ou da sene? Ou de trocar a aspirina por um chazinho de arruda???

A gente do campo certamente que continuava a servir-se dos chás, xaropes, cataplasmas, etc transmitidos de geração em geração... o máximo que ali chegava em termos de 'indústria' era o balsamo alemão ou o elixir sanativo.

Nas cidades todavia a situação era bem outra.

Pois ali o recurso aos chás, xaropes, cataplasmas, etc já eram encarado por muitos, a semelhança das simpatias, benzimentos, rezas, etc como sinônimo de folclore e, consequentemente, ridicularizado pelos mais esclarecidos e bem posicionados. Estes por sinal estavam quase sempre a par das últimas descobertas feitas pela grande indústria farmaceutica dos países civilizados...

Acontece que os trabalhadores ou não podiam arcar com os elevados custos da matéria médica 'civilizada' ou logravam adquirir tais drogas a custo da alimentação inclusive... de modo que acabavam trocando doze por meia dúzia ou recorrendo ao fetichismo i é, as orações, rezas, benzeduras, amuletos, exorcismos, simpatias, feitiçaria, etc

Era de se esperar que com o passar do tempo algo fosse feito no sentido de consertar esta triste situação.

Refiro-me a atitudes bastante simples como incentivo as pharmacias e a medicina tradicional, cursos de medicina natural ou fitoterapia, a criação de hortas e harbarios comunitários, a distribuição gratuita de matéria medica natural sob a forma de folhas ou pomadas, etc Tais iniciativas no entanto foram implantadas com mais de meio século de atraso em meados dos anos 80/90 i é a menos de trinta anos!!!

Na verdade o que aconteceu de fato foi uma ruptura total quanto aquela espécie de equilíbrio, vigente desde o segundo Império porém cada vez mais fragilizado desde a proclamação da República. Após a segunda guerra mundial a indústria farmaceútica 'civilizada' determinou monopolizar o mercado e aniquilar a concorrência exercida pela medicina tradicional. Desde então e por quase três ou quatro décadas assistiu-se ao apogeu da matéria médica sintética...

Foi quando a quase totalidade dos medicamentos oferecidos passou a ser batizada com nomes retirados da tabela periódica; assim Brometo de Ipratrópio, Bromidrato de fenoterol, Cloridrato de fenilbutazona, Butilbrometo de escopolamina, etc, quando antes diziamos: tintura de arnica - sabendo muito bem do que se tratava (a tal arnica) - xarope de grindélia, emplastro de erva de bicho, etc

Neste contexto recorrer a chás, xaropes, emplastros, etc equivalia - ao menos nas grandes cidades - a expor-se a mofa dos vizinhos... ou a assinar atestado público de pobreza ou ignorância. Desde então - em diversos contextos - o conhecimento ancestral que vinha sendo passado de geração em geração extinguiu-se quase que por completo passando diversas ervas empregadas por nossos ancestrais - caruru, bertalha, juciri, capiçoba, douradinha, angélica, borragem, bardana, valeriana, etc - a ser encaradas como mato ou mesmo como ervas daninhas!!!

Tal como se sucede ainda hoje - embora em escala menor - grande número de pessoas, inclusive de crianças pequenas; alimentava-se precariamente embora estivessem situadas num contexto natural por assim dizer farto ou ao menos suficiente i é com ora pro nobis, agrião bravo, labaça, mentruz pimenta, trapoeraba, cidreira, alfavaca, alecrim, gervão, folha da costa, etc medrando pelos quintais, calçadas e praças...

Tudo quanto era sabido por nossos avoengos caiu em desuso e esquecimento devido ao brilho artificioso dos produtos alimentícios e drogas trazidas dos Estados Unidos ou da Europa a peso de ouro... Para os ricos foi apenas um mecanismo de 'separação social'... para os pobres que reproduziram ingenuamente esta ideologia tosca no entanto foi o cúmulo da desgraça.

Pode o rico caso deseje e queira debochar do muru muro, do jaborandi, da babosa, etc e cobrir-se com elemi, sândalo, almíscar, nardo, olíbano, mirra e benjoim...

Ao bom povo no entanto - isto é aqueles que mais sentem no bolso - cumpre fazer uso inteligente de tudo quanto temos a mão em termos de matéria alimentícia, médica e odorífera. De nossa parte podemos acrescentar inclusive que nossa flora nada fica devendo as outras e que todos os elementos exóticos acima citados cá encontram bom sucedâneos, se é que os nossos elementos não caiba a palma. Assim o suavíssimo óleo de mutamba... assim o vetiver, assim o capim limão, assim a citronela, etc, etc, etc

Felizmente indústrias como a Natura e a phytoervas tem sabido explorar cada vez mais este potencial nos últimos anos.

Quanto a matéria médica não é escuso informar ao amigo leitor que cerca de duas décadas o ministério da saúde publicou uma lista com algumas dezenas de plantas tradicionalmente empregadas aqui no Brasil. Desde então uma série de testes laboratoriais passaram a ser feitos com tais plantas tendo em vista comprovar a eficácia das mesmas. Até 2008 eficácia de 38 havia sido irrefragavelmente demonstrada.

Apesar disto a maioria dos quase quatrocentos medicamentos fitoterápicos registrados na Anvisa ainda recorre a matéria médica estrangeira ou importada, enquanto um nicho ainda bastante tímido tem buscado dar continuidade a obra profética do Dr Peckolt e a explorar nossa biodiversidade, uma das mais ricas do planeta.

Cumpre informar ainda que cerca de uma década a fitoterapia conquistou e tem ampliado - ainda que muito lentamente - seu espaço no SUS fazendo parte de diversos programas.

E podemos já antever os ganhos obtidos pela sociedade brasileira na medida em que explorarmos mais e melhor nossos recursos e nossa biodiversidade ao invés de recorrermos preferencialmente as drogas sintéticas fabricadas pelas grande multinacionais... sem levarmos em conta os efeitos colaterais produzidos por tais drogas e o montante de capitais lançados para fora de nosso pais. No instante em que optarmos por valorizar o que é nosso, isto é, a biodiversidade reinante em termos de matéria médica e científica lucraremos tanto em termos de saúde quanto em termos de dinheiro ou de economia.







sexta-feira, 25 de outubro de 2013

IV - Medicamentos fitoterápicos do passado



Por esse mesmo tempo diversos médicos e farmaceuticos - como o Visconde de Sousa Soares e o Dr Almeida Cardoso - criaram laboratórios de tendências homeopática empregando no entanto a matéria médica tradicional ou fitoterápica, o que deu inicio a confusão referida no primeiro capítulo deste livro.




Outro medicamento que fez fama em nosso pais foi o elixir de salsa, nogueira e guaiaco do Dr João da Silva Silveira, aquele cujo rótulo estampava um homem bigodudo, a saber o próprio Dr Silveira... segundo se dizia ao tempo este elixir funcionava como uma autêntica panaceia dando cabo de todas as doenças contidas no léxico.



Famosa por sua exótica arquitetura era a sede da empresa no Rio de Janeiro...



A esta mesma época - as três últimas décadas do décimo nono século - pertence o bálsamo alemão de Nohascheck cuja fórmula (em que entram terebintina e extrato de Junípero) remonta a 1744!!!


Corria o ano de 1888 quando cidadão João Gabriel Firmino Figueiredo compôs um extrato de aroeira, angico, mandacaru e camapu destinado a lavar ferimentos. Esta composição - que mais tarde recebeu o nome de Sanativo - veio a ser premiada na exposições de Paris (1889) e St Louis (1904) e ainda hoje é fabricada pelo laboratório Laperli, o qual comercializa também a fantástica Cassia virgínica.






Na década da seguinte acompanhando a instauração do novo regime aparecem no Brasil os medicamentos do Dr Ayer como o peitoral de cereja e a salsaparrilha, os quais - como é indicado pelos próprios nomes - também bebiam do repositório tradicional embora fossem importados.




Na passagem do século XIX para o XX é lançada em nosso país a famosa emulsão de Scott, basicamente constituída por óleo de figado de bacalhau. Tornou-se rapidamente o terror da molecada devido a seu gostinho, digamos, acre...



Cerca dos 900... também faz sua aparição entre nós a Aveleira sagrada... e o Elixir paregórico uma tintura opiácea que até então costumava ser importada da Europa e que era empregada em situações de cólicas.




Em 1902 são lançadas as pastilhas de seiva de eucalipto Valda.





Já na primeira segunda década do passado século foi a vez do Laboratório Simões RJ lançar o afamado Elixir 914 um composto em que entravam salsaparrilha, laranjas amargas, pé de perdiz, nogueira, fumária, carobinha, cipó suma, samambaia, baunilha e badiana. Posteriormente o mesmo laboratório lançou o




Fimatosan este com jucá, guaco, agrião, cambará, maracujá, erva silvina e óleo vermelho. Ambos os medicamentos tiveram ampla aceitação no decorrer do seculo.



Em 1916 começou a ser fabricada a Olina. Trata-se de um digestivo em cuja composição entram: aloé, angélica, canela, galanga, genciana, ruibarbo e mirra.






Pelo mesmo tempo Manuel Bernardino de Barros lançou sua Tayucaroba e o Lab Goulart seu elixir de Inhame, aquele que 'depura, fortalece e engorda'.




A casa granado para concorrer lança sua água inglesa de Cinchona (hoje fabricada pelo Lab Catarinese) e sua água de Melissa com cravo e jacapé.






Na década de vinte aparece os miraculosos xaropes: S João - em cuja composição entravam beladona, acônito e mulungu - e Queiroz, este com limão bravo.




Nas décadas de trinta e quarenta o laboratório Fontoura & Serpe lança sua linha de fitoterápicos hidro alcoólicos, dentre os quais: valeriana, castanha da índia, cascara sagrada, carqueja, ipeca, melissa, etc




Galenogal é um elixir feito com cascas de salgueiro que já circulava pelos anos 40.




Entrementes fazia sucesso a maravilha curativa do Dr Humphreys, um extrato de Hamamelis Viriginica destinado a aliviar as dores produzidas por golpes e pequenos ferimentos.






Aparecem os xaropes de grindélia e de mussambê e mutamba. Posteriormente a grindélia entrou na composição de Broncofenil, juntamente com acônito, balsamo de tolu e lobélia.




Pelos idos de 1950 a Pharmaervas lança a estomalina em cuja fórmula entram: losna, espinheira, angélica, hortelã, boldo e camomila.




Temos notícia de que o Laboratório Catarinense já distribuia o balsamo branco e o extrato de Camomila.



A pomada Imescard - cujo princípio ativo era nossa erva de bicho - dava conta das hemorroidas e a auriscedina das otites rebeldes. Ambos eram e ainda são fabricados pelo lab Osório.




As pílulas com aloe vera do abade moss regulavam os intestinos por mais obstinados que fossem... outros recorriam ao Agarol.

Havia a Camomilina C que era ministrada as criancinhas quando do nascimento dos primeiros dentes.




Becolina era ( e é) um xarope de Ipeca destinado a debelar as crises de tosse.




Ainda nesta época aparecem a Malvona e o anapyon (este a base de aroeira).






Mel rosado, tintura de genciana, alcool canforado, magnésia fluídica de Phyllips e extrato de arnica era coisa que se encontrava em qualquer 'pharmacia' juntamente com as pílulas de Lussen, excelente anti séptico das vias urinarias composto de beladona.



Timborol era um sabão destinado a dar cabo da sarna e dos carrapatos e o timbo sua matéria prima.

A partir de então principia o domínio dos sintéticos e muitos destes medicamentos tradicionais, que haviam aliviado gerações

Além destes foram lançados em datas que não puderam ser apuradas:





  • O peitoral de angico pelotense (Já circulada pelos idos de 1870!!!)
  • O peitoral de pinheiro

  • O elixir Dória
  • A Euboldina


  • O linimento de Kraemer


  • O linimento de Sloan 


  • Vinho reconstituinte Silva Araújo 


No entanto apenas um pequeno número destes medicamentos logrou chegar ao tempo presente.

Com grande prejuízo para o bolso e a saúde de nosso bom povo.