A 'pharmacia' de outrora

A 'pharmacia' de outrora

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

I - Que é fitoterapia???







A maioria das pessoas costuma associar fitoterapia e homeopatia ou mesmo confundir uma com a outra.

Os próprios homeopatas costumam tirar largo proveito desta confusão e a 'ceder' algum espaço a alopatia fitoterápica em suas lojas.

Digo alopatia fitoterápica porque a Fitoterapia não constitui um sistema.

Grosso modo a terapeutica ou matéria médica conhece apenas dois sistemas: a alopatia ou 'medicina comum' e sua rival a homeopatia, caso excluamos a hidroterapia tendo em vista seu cárater tópico ou externo.

A distinção é estabelecida do seguinte modo e maneira: a alopatia postula que as enfermidades via de regra são debeladas por agentes de natureza oposta aqueles que causaram seu aparecimento.

Exemplo: Uma vez que a gastrite pode ser definida como excesso de acidez estomacal a melhor forma de acabar com ela seria ingerir um agente alcalino.

Tomando a definição de anemia por carência de ferro, o melhor tratamento seria a ingestão deste elemento.

Aqui estamos diante da cura pelos contrários.

Disto decorre, muito naturalmente, que a fitoterapia pode ser - e de fato tem sido - alopaticamente empregada sem maiores problemas ou que a fitoterapia ajustasse a alopatia.

Aqui a grande diferença não esta no princípio - a cura pelo diferente - mas na matéria médica. A alopatia contemporânea, especialmente a partir da última grande guerra, tem recorrido cada vez mais a agentes químicos sinteticamente produzidos em laboratórios, enquanto que a fitoterapia tem se mantido fiel aos elementos tradicionais: alguns poucos compostos minerais encontrados na natureza e uma infinidade de vegetais ou plantas. Pode pois a fitoterapia convencional ser definida como a alopatia das plantas...

Assim a homeopatia em seus formulários emprega do mesmo modo e maneira uma infinidade de compostos minerais encontrados na natureza e de vegetais...

O princípio no entanto diametralmente oposto ao da alopatia.

Pois segundo Christian Frederich Samuel Hahnemann, o pai da homeopatia Similia similibus curantur, isto é, a cura se dá por meio da interação entre os semelhantes.

Assim a melhor maneira de se debelar a gastrite seria ingerindo um acido e não um alcalino como sustentam os alopatas.

Qualquer pessoa inteligente é perfeitamente capaz de perceber que não há como conciliar a alopatia e a homeopatia; pois apontam para caminhos radicalmente diferentes.

A fitoterapia ou a matéria médica todavia, tanto pode ser empregada segundo os princípios da alopatia quanto segundo os princípios da alopatia.

Eis porque a alopatas e homeopatas inclinados ao emprego majoritário da fitoterapia ou se preferem da medicina tradicional, em oposição as drogas sinteticamente produzidas em larga escala.

Outra grande diferença entre a alopatia - seja a tradicional ou a contemporânea - e a homeopatia diz respeito as afamadas diluições empregadas pelos homeopatas e encaradas como a quintessencia do sistema.

O princípio da diluição funciona mais ou menos assim: tomamos um raminho de cidreira e fazemos um como da chá. Em seguida tomamos dez gotas deste chá e lançamos num outro copo cheio dágua (é a primeira diluição), feito isto tomamos dez gotas do chá diluído e água e lançamos noutro copo cheio dágua pura e assim sucessivamente até empregarmos dez, vinte ou trinta copos de água pura. Só quando chegamos a décima, vigésima ou trigésima potência é que temos o medicamento homeopático.

Quimicamente falando no entanto nada teremos além de água pura já na décima potência...

Implica dizer que os medicamentos homeopáticos não passam de placebo.

Uma doze da água ou um glóbulo de farinha que age apenas na medida em que as pessoas acreditam que surtira efeito, especialmente quando estamos diante de doenças psico somáticas.

O próprio atendimento dispensado pelo médico homeopata é bastante parecido com aquele que é dispensado por um psicólogo.

Via de regra o paciente é ouvido, acolhido, questionado, etc estabelecendo-se uma espécie de diálogo como nos bons tempos do médico de família.

Parece até terapia psicológica de aconselhamento, o que deve predispor o paciente a um melhor estado de ânimo e a crença de que os medicamentos preceituados surtirão o efeito desejado.

Em setenta por cento dos casos (nas referidas enfermidades de fundo psíquico) por sinal, o doente haverá de experimentar algum tipo de alivio ou mesmo de sentir-se curado, mormente em se tratando de gripes, resfriados, crises de asma, etc

Não nos enganemos porém.

Os medicamentos homeopáticos, cientificamente falando, não passam de placebos: uma dose de água pura ou uma glóbulo neutro i é isento de qualquer tipo de agente medicamentoso.

Destarte o posicionamento assumido pelo autor deste Blog não pode deixar de ser alopático, inda que fitoterápico.

Este espaço portanto não pertence a homeopatia.

Nossa questão não é contra o princípio da alopatia, mas a respeito da matéria médica. Aqui nosso posicionamento é favorável - sempre que possível for - ao emprego de agentes naturais face as drogas sinteticamente produzidas.

Aos glóbulos ou pílulas e injeções preferimos os sucos, chás, xaropes, essências, extratos, loções, sabões, pomadas, cataplasmas, emplastros, vapores, etc empregados por nossas avós segundo a experiência dos ancestrais.






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